Continuas evadida.
No fim do mundo, continuas evadida, continuas precoce, continuas calma.
Eu? Eu vou respirando. De vez em quando ainda olho para aí, está tudo na mesma.
Ainda pego no caderno. Ainda imagino umas linhas, um caminho.
Um suporte de vida.
É melhor ficares aí.
O teu pedestal é seguro. É indolor. É o tipo bom de insípido.
Nenhum monstro se esconde debaixo da tua cama, nada está em perigo.
Nunca viveste uma tempestade.
Nunca te fingiram um desgosto.
Continua aí, onde tudo é bom e a fruta é doce.
Hei-de chegar para te apodrecer.
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