Porque todos os fantasmas são jardins inacabados a quem falta a rosa.
E todos os canteiros polvilhados a arrependimento, marcados pelo fim precoce, antes do florescer.
E, para todas as sementes, água a menos, vida por pouco.
Arrancada no ponto, beijada por menos, emoldurada e protegida demais, como uma qualquer obra-prima.
Frente à televisão que fala para ninguém, um pensamento que não se conclui.
Os fantasmas de quem deixou o conhecimento para logo.
E um poema natural dedilhado nas cordas de uma guitarra gasta.
Eles suspiram na noite. E esses mesmos canteiros arrependidos florescem agora, porque eles passeiam na noite, ora clara, ora escura, beijando tudo e respirando todos, fazendo o que lhes apraz.
Adormecer abraçando o véu.
E acordar na felicidade eterna.
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