domingo, 14 de abril de 2013

Concubina

O ar à tua volta é alugado. Alugados os quartos, os móveis, a vida confortável. O teu ventre carrega um humano-renda, no egoísmo da tua piedade. Não és mais nem menos que os outros, apenas mais do mesmo. Mais de um mundo complicado em que a ordem impera e a crueldade é recompensada em ouro e porcelana. Tenho pena do teu mundo, seja hoje ou no Séc. XV. Diacrónico, orgulhosamente, censuro-te porque sobreviver não é tudo. A vida clamou por ti com outras vozes, outras cores. Chamou-te por outros nomes. Por que razão a amaste assim?

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