eu vejo um cubo
e digo-te que é um cubo,
com os teus braços esvoaçantes procuras as arestas que o limitam,
olhos no céu, de palmas viradas para cima.
E tremes. Tremes o teu mundo contigo, contido
na limitação do que é exprimir-se,
exprimir o sítio onde estás,
que é amarelo e rosa forte ao mesmo tempo,
cores quentes pejadas de parco laço a uni-las.
E não posso dizer que é mentira,
nem que há cinco segundos falávamos do cubo,
senão desabas no infinito
e um grito mudo na tua cabeça coloca o ponto final
da conversa que ainda não começaste.
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