segunda-feira, 23 de abril de 2012

#189

Sinto que és o que não quero que ninguém aprenda. Que és a sensação em si mesma.
Não quero o teu peso, ninguém quer, mas insistes e força não falta para que nada mais seja o mesmo.
Os sons fora da realidade, conduzindo um preço a tudo.
O escuro que entra nos lençóis sagrados, de um casamento, de um funeral.
Podias ser um tapete, uma escadaria, mas não era o mesmo.
Podias ser uma janela partida, mas não servias.
Podias ser tu, intocável, atingível, provocando fraqueza nos joelhos e olhares de desânimo, mas só isso não bastava.
Precisavas de emoção verdadeira, e passaste a raiva para uma construção de miséria.
Perdeste o controlo…Agora estás em todo o lado, és de todos e não paras o teu movimento.
O ritmo é acelerado e destróis corações em música, em arte, em tribos.
Todos provam o teu veneno.
Todos são consumidos.