testa a dois palmos de hábitos cilíndricos ardentes,
e doze cilindros desfeitos de cancro no cinzeiro,
finjo que metade não são meus, mas que podiam ser
e que acalmam a insónia que me prostra em letras feias para ninguém ler.
podes dizer o que quiseres, mas raramente o mundo é mais belo do que no fim de um cigarro,
excepto quando é mais feio porque o vês a arder, absorto
em poemas de dias quentes,
nos dias em que o amor molhava a sala,
ou a tua silhueta formava os contornos aos meus olhos,
os contornos a nunca ultrapassar,
estivesse eu focado
ou a ver-te partir
em desabafos pouco sossegados que a manhã causa, mas silêncio.
A culpa não é tua.
É minha porque não te soube entreter,
ou me dei aos poucos, em tecido feliz que não me cabe,
ou ainda quando escondi a cabeça no lençol para não me veres o sorriso incrédulo.
A culpa não é tua, se acordas ao lado de quem não conheces.
A culpa é de quem te atordoou os sentidos, sabendo a tua droga preferida, fosse ela real ou apenas uma vela no canto do quarto.
don't go and lose your face/ at some stranger's place / and don't forget to breathe / and pay before you leave / lay me down to crawl
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sexta-feira, 20 de março de 2015
cinzeiro II
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Moon
Dizendo como nada aquilo que fazia, o mais certo seria que provava whiskeys em Lisboa, isso não lhe tirava ninguém.
Faltava-lhe uma mão para por à volta de uma mulher prometida,
A pertença. Lar-edredão.
Talvez noites de íntima companhia,
lado feio na boca de preconceituosos, no entanto
real.
Palavras de e para algúém,
ausência de copo-reflexo,
música de dias bons,
música.
Tanto lhe faltava,
não a cevada,
uma cintura,
mas nunca a cevada,
nunca o cotovelo,
nunca a base,
nunca os balcões,
uma cintura.
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