quinta-feira, 19 de setembro de 2013

8 o'clock and we agree

Gosto que me faças sentir burro da maneira certa.
Mesmo que não tenhas o terror presente nos ossos, favor da vida.
De vez em quando viver de pulmões cheios é preciso, por todos aqueles dias em que os comprimidos seduzem e a melancolia mata lentamente, feita de cigarros e promessas de "amanhã vou".
Tu vives numa cidade berrante, em que os segundos acontecem cheios, rebentam até ao próximo, e eu longe, no meio dos meus pensamentos, na calma enlouquecida de uma pequena vila.
Por isso, quando as nossas mentes batalham - não são discussões, antes pretensiosas tertúlias, como todos temos - isso revela-se, o suficiente para me deixar sem ar e com a sensação de coisas a passar.
Tudo passa, tudo passa.
Até me fartar e deixar bilhetes de adeus na soleira de portas amigas.
Não voltar.

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