segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Alex, 18

Já faz algum tempo que saltaste, mais de um mês creio. Mas contar os dias é cruel.
Vi descer o teu caixão, e conto-te um segredo: A morte fica-te larga, meu amigo. Como quem veste a camisa do pai.
Não fui capaz de te chorar no dia, nem no seguinte. O teu irmão precisava de mim, e por isso estive lá. Num corredor cheio de breves olás, porque o caos é de todos, aparentemente. Detesto isso.
A mostra de preocupação é o óxigenio de quem não está presente.

E, apesar de haver um, dois, muitos dias em que quero ir aí ter, não posso.
Mas fizeste a tua decisão, e foste andando uns passos à frente.
Eu já vou. Só mais uns-

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